18 novembro 2006

não vejo carros cinza no asfalto
tenho calma em trânsito atrasado

arrumarei o quarto
jogarei coisas fora
aproveitarei o que se é aproveitável
as lembranças
guardarei tudo em uma caixa
vou trancá-la e perder a chave

os olhos que vêem não são os mesmos que sentem

não tenho mais como pegá-lo
voou para longe ao fugir de casa
só sente o rancor

lavar a vida
ir embora

tudo que se espera é um novo mundo
uma nova vida
um novo olhar

todo lugar é igual
ao ser visto pela mesma concepção

a luz está dentro de si
ter coragem para encontrá-la
concebê-la
vivê-la

ir embora

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